19 de Setembro
1726 - 1755
Geraldo nasceu em 1726 em Muro Lucano, lugar
pequeno do sul da Itália. Teve a sorte de ter uma piedosa mãe,
Benedetta, que o fez conhecer o amor infinito e misericordioso de
Deus. Sentia-se feliz porque estava junto de Deus.
Geraldo tinha doze anos quando seu pai morreu e
ele se tornou assim o apoio da família.
Entrou como o aprendiz de alfaiate, onde o
substituto do professor o maltratava e chegava a bater nele. Depois
de quatro anos de aprendizagem e justamente no momento em que podia
começar a trabalhar como alfaiate, disse que ia trabalhar como
criado do bispo de Lacedônia.
Os amigos o aconselharam que não aceitasse este
trabalho porque os momentos raivosos e os maus tratos que recebiam do
irascível prelado, eles como criados, viam-se forçados a abandonar
o emprego em poucas semanas. Mas isto não foi suficiente fazer
Geraldo desistir. Durante três anos se ocupou de tudo e permaneceu
aí até a morte do bispo.
Durante muito tempo, Geraldo acreditou que assim
cumpria a vontade de Deus e por isso aceitou tudo. Os maus tratos do
alfaiate, e assim como ser considerado uma nulidade pelo bispo, não
importava nada para ele, via o sofrimento como parte integrante do
seguimento de Cristo. "Sua Excelência me quer bem", dizia.
Desde então, Geraldo passava longas horas diante do Santíssimo
Sacramento, o mistério do Senhor crucificado e ressuscitado.
Em 1745, aos 19 anos, voltou para Muro, onde
começou a exercer por conta própria o ofício de alfaiate. O
negócio ia bem, mas ele não juntou muito dinheiro. Praticamente ele
dava tudo. Punha à parte separado o necessário para a mãe para a
irmã, e o resto dava para os pobres, ou simplesmente o usava para
mandar celebrar missas para as almas do purgatório.
Não houve uma súbita nem uma conversão
espetacular em Geraldo. Foi um processo normal e constante de um
crescimento no amor de Deus.
Na Quaresma de 1747 decide se assemelhar o mais
possível a Jesus Cristo. Entregou-se às penitências mais severas,
e procurou as humilhações passando por louco e estando contente de
que os outros se rissem dele.
Quis servir totalmente o Senhor, e pediu para ser
capuchinho; mas não foi aceito. Aos 21 anos tentou viver uma vida
eremítica. Desejava chegar a assemelhar-se inteiramente a Cristo até
o ponto de aceitar com alegria o ser protagonista da Paixão, como
imagem viva de Cristo, na Catedral de Muro.
Conheceu os redentoristas e pediu então para
entrar entre eles; mas recebeu uma recusa também por causa de seu
estado precário de saúde. Porém, continuou insistindo até que o
Padre Paulo Cáfaro o aceitou, mas isto não sem uma certa
dificuldade, enviando-o para o noviciado em Iliceto, em 1749, com um
bilhete no qual dizia: "Eu envio um irmão inútil."
Geraldo professou em Iliceto no dia 16 de Julho
1752. Aqui desmentiu muito depressa, por seu serviço excelente como
porteiro, alfaiate e sacristão, o prognóstico feito pelo Padre
Cáfaro sobre ele. Ganhou uma tal fama de santidade que um grande
número das pessoas ia a ele para o ter como guia espiritual na vida.
Ele recebeu logo o dom de ler nas consciências.
Entre aqueles que o apreciaram e o veneraram por
sua santidade se encontra a Venerável Maria Celeste Crostarosa. Os
muitos milagres que são atribuídos a ele, imerecidamente deram- lhe
o título de taumaturgo.
Morreu em Materdomini no dia e na hora que ele
tinha predito, 16 de outubro de 1755, consumido pelas suas
severidades e pela tuberculose.
Foi beatificado por Leão XIII no dia 29 de
janeiro de 1893 e canonizado por Pio X no dia 11 de dezembro de 1904.
Muitos católicos o veneram no mundo inteiro como
o patrono especial das mães e das famílias.
Postado por Cleber Vieira - Professor e Jornalista/DRT-2637-Ce
Fonte: Portal São Francisco
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